sexta-feira, 19 de agosto de 2016

POESIA - MONOCROMÁTICO - THIAGO LUCARINI



Cinzas caem do céu
Desbotando as flores
Do meu plácido jardim

Sufocando o canto
Dos pássaros ao entupir
Seus bicos seresteiros.

Cinzas caem do céu.
São resultado do inferno monocromático
Que arde dentro de mim.

Cinzas vão se acumulando,
Roubando as cores sãs da vida.
Flocos gris tóxicos digerem tudo ao meu redor

Embalando os sonhos violados
Feito parafina, casulo perpétuo
E cinzento para as cores vivas.

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