Esse amor parco
Me dado a conta-gotas,
Mas sem gotas, e sim, pétalas,
Pois sou poeta, portanto, conta-pétalas
Faz-me viver de migalhas escassas
Sustenta-me vagamente
Fraquejo no limiar basal.
Este amor a conta-gotas
Opa! Esqueci! Conta-pétalas
Obriga-me a comer
Debaixo da mesa dos amores
Os restos do banquete
Do glutão Cupido
Esperando alcançar
Algum dia, a refeição total
E livrar-me deste conta-pétalas
Imoral e terrivelmente infernal.
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