FOTO: (Thiago Lucarini)
As construções da cidade
Bebem da tua silenciosa asfixia.
Nas cores evanescentes do crepúsculo
Tentam achar prometida calmaria,
Pois almejam dormir no embalo
Do calor das lâmpadas de mercúrio,
Recolher as falanges de concreto
Que tentam em vão arranhar o céu indiferente por ter
verdadeiras estrelas.
O trânsito virulento cala-se aos poucos
As pessoas cansadas vão para suas casas.
A lua e as estrelas se levantam no eterno
E as construções da cidade no fim de tarde,
Assim como os peixes, embalam seus sonhos
De olhos arregalados, incapazes de dormir.
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