sexta-feira, 12 de agosto de 2016

POESIA - ÁGUAS PARADAS - THIAGO LUCARINI

Quebrou-se o olhar
Acabou-se a ilusão.
Meu coração
Embarcou no cais
Da solidão
Atado a grilhões
De esquecimento.
Numa cela apertada
Quase nem batia.
Navegou em águas paradas
De morosidade e monotonia.
Depois de singrar
A eternidade de uma vida
Atracou atrofiado
Ainda cativo
Na baía da agonia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário