Lunáticos feridos
Nos campos da ilusão
Seguem rindo
Apesar da morte,
Apesar das feridas,
Apesar de lhes faltarem
Prumo, pedaços e peças.
São náuticos da insanidade
Irremediáveis sem conserto.
Lunáticos feridos
Nos campos da ilusão
Seguem devaneando
Que chegarão
Dias de paz,
Mas serão eles,
De fato, capazes
De distinguir
Tempos tão distintos?
Se dançam e riem
Feridos e sobre os corpos
Dos seus amigos, o quê
Não farão quando seus pés
Não tiverem mais feridas e o chão
Abandonar a irregularidade dos mortos?
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