sábado, 29 de agosto de 2015

POESIA - MORTALHA LÍQUIDA - THIAGO LUCARINI



 
Descia as águas calmas
Um nobre vagabundo afogado.
Águas congeladas paradas
Tendo seu sono e alívio da correnteza.
Juntos nós dormimos este sono frio
Mortalha líquida, mas dura
Isolante de sonhos do verão.
O frio destas águas calmas
De mansidão cruel, queima tudo
Tudo o que está tristemente acima
Da protetora crosta de gelo.

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