segunda-feira, 24 de agosto de 2015

POESIA - ÓLEO DA NOITE TRISTE - THIAGO LUCARINI


As invisíveis amplidões do Pranto.
Cruz e Sousa

A noite escorre de mim
Óleo saindo pelos olhos secos
Lubrificando a tristeza do rosto
Girando as engrenagens espelhadas
Da vida lenta e arrastada.
O pranto é uma arte vaga
Tempestade rasa das janelas abertas
Vociferantes e soluçantes.
Sem fronteira ou paradeiro certo
O pranto vem em plangência ritmada
Cadência de uma alma quebrada
Coroando os olhos de prata lustrosa

Dando os tons da messe de lágrimas frutíferas.

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