FOTO: Thiago Lucarini
O
açúcar queimado,
Passado
do ponto
É
negro e amargo.
A
flor murcha e enrugada,
Passada
do ponto
Não
tem perfume, e é
Abandonada
pelas abelhas e beija-flores.
O
humano no limítrofe,
Passado
do ponto
É
morto pálido de lábios roxos
Passado
um pouco mais do ponto
É
um morto azul anil, podre, podre.
A
sepultura fria é prisão,
Passada
do ponto
É
sinal do Juízo Final
Enfim,
parusia da salvação.
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