FOTO: Thiago Lucarini
Só que ninguém poderá ler no esgarçar destas nuvens
a mesma história que eu leio, comovido.
Ferreira Gullar
O
dia veio e está quase indo.
Sentado
à janela do meu quarto
Vejo
o sol se pôr
Vou
lá fora, rego as plantas
Estrelas
ameaçam aparecer
O
sol trêmulo resiste em vão
Meu
coração pulsa devagar
Minha
mãe mexe as panelas do jantar
Só
tenho raiva da escandalosa panela de pressão
Quebrando
a linearidade daquele encerramento
Talvez,
eu seja a maldita panela de pressão.
Volto
ao meu quarto; para minha janela
O
sol afoga-se no horizonte
Lhe
dou o meu luto pela sua morte de hoje.
Realmente
sofro minha melancolia do anoitecer,
Escurece
o mundo, escureço eu.
Mas
logo me esqueço de tudo
Nova
musa desponta no céu.
Minha
mãe me chama
Por
enquanto, vou jantar
No
cardápio do poeta temos:
Poesia,
melancolia, sol, lua e misto final do dia.
Amanhã
à tarde, com certeza, tudo será diferente.
muito bom
ResponderExcluirAgradeço a leitura. Abraços.
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