quinta-feira, 27 de agosto de 2015

SONETO - PENITENTE E PENITÊNCIA - THIAGO LUCARINI

Rosas do meu jardim primevo
Colhidas em cascatas de plenitude
Neste coração regalo de mansuetude
Sou devoto das rosas sob o luar de enlevo.

Folhas maduras chegaram com o outono
Espectro das rosas em diafaneidades
Levou a prima beleza das róseas divindades
As flores rainhas anêmicas caíram no sono.

O inverno veio sobre mim sem rosas
Fiquei perambulando cheio de horas ociosas.
Um penitente sem sua penitência padece.

O mundo encheu-se de frio gelo
Velei os sonhos das rosas com desvelo.

Felizmente o inverso inverno passou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário