segunda-feira, 10 de agosto de 2015

POESIA - A COLHEITA DE NENÚFARES - THIAGO LUCARINI





FOTO: Thiago Lucarini
A lua brilhou no firmamento escuro
Banhando os nenúfares
Nas águas da bacia amazônica.
Flor da lua, da noite
Menina caída no rio
A se alimentar com suas raízes curtas
Da podridão profunda e fértil do leito, seu lar.

Nenúfares rosados, vermelhos ou brancos
Farei uma colheita valorosa de tão distinta flor
E enfeitarei a vida efêmera dos humanos
Pois assim, quem sabe nenúfares
Vocês comam a sujeira nossa
Tornando vocês um pouco mais pecadoras
E nós um tanto mais santos
Sem pântano na alma.

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