segunda-feira, 10 de agosto de 2015

POESIA - A SANTA - THIAGO LUCARINI



FOTO: Thiago Lucarini
 
Generosa, bondosa
Beata de vestes alvas.
Sacrificou sua liberdade
Para auxiliar ao próximo.
Prestava ajuda indiscriminadamente
Sob a lua solitária de flagelo e martírio.
Dobrava os joelhos frequentemente
Tanto que viviam feridos, apesar dos calos
O crucifixo estava sempre à mão
Preces subiam aos Céus, como bom incenso
Rogando livramento aos homens.
Ela cedia o seu pão, sua bebida
Suas vestes, suas sandálias de tira se preciso fosse.
O bem-estar alheio era sua prioridade.
Ela, a santa, abdicou de tudo
Para servir a Deus, seguindo
Os ensinamentos do teu Filho Sagrado, Jesus.
Era uma mulher bendita e amada pelos humildes
Sua alma um halo, manto brilhante
Bálsamo e refrigério aos necessitados.
Mas como todo bom samaritano
A santa teve um fim trágico.
A bondade cura em parcelas a humanidade
E, ás vezes, uma única dose é pouco.
Todavia, os atos da santa perduram
Iluminando e inspirando novos passos
Hoje, ela está no Céu, nos observando
E continua rogando ao Pai
Pela alma daqueles que ficaram aqui embaixo.


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