Tempo
fechado, chuva de granizo
Gelo
caiu do céu acumulando martírio
Tudo
murchou, tudo ficou cinza, até meu lírio
Conhecidamente
branco chamado de sorriso.
Juntou
o branco dos dentes ao branco da neve
Invernia
inercial, inversa, polar, tirou meu lar
Foi-se
o calor, a felicidade, lama branca a soterrar
Sonhos
solares. Nada resta além de um suspiro breve.
Pessoas
cristalizadas brilham pela primeira vez
Brilho
da morte congelada, fria acidez.
Branco
luto do céu infernal, invernal.
Degelo
desconhecido, cantiga antiga
Anunciava
a vinda da inimiga.
Dorme
terra, dorme homens, o sono de invernia.
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