terça-feira, 25 de agosto de 2015

POESIA - MORTOS DE SEDE - THIAGO LUCARINI

O poeta afluente
Esvaiu-se em palavras
Bebendo inspirações salgadas.
Cloro concentrado
Depressivo e sonífero.
Sódio nas veias, contrição
ADH antilírico
Renina-angiotensina em ação
Deixa homens mortos de sede
Todavia, mais sede tem o poeta
Concentrado duas vezes mais
Sem o amparo de um mísero

Copo de água fresca. 

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