FOTO: Thiago Lucarini
Os mortos são ainda o bem profundo
Que nos faz esquecer o horror dos vivos.
Cruz e Sousa
Ali
deitados
Tão
serenos
Tão
azuis
Tão
inermes
—
ainda —
Sem
vermes
Sem
ais
Sem
dores
Sem
pranto
Sem
sorriso
Sem
fidelidade
Sem
tristeza
Sem
felicidade
Sem
os vivos.
Ali
deitados
Vivendo
de cegueira
Comendo
os chorosos
Estão:
os mortos
Espelho
da morte
Reflexo
do nosso futuro.
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