quarta-feira, 19 de agosto de 2015

POESIA - UM RIO QUE SECOU - THIAGO LUCARINI

FOTO: Thiago Lucarini

Meu amor fora majestoso
Caudaloso, um titã amazônico
Dono de águas valiosas e raras
Clâmides em cascatas cerúleas.
Todavia, morreu sem cuidado
O manto fino se partiu
Em farrapos desbotados.
Hoje, meu amor é um rio que secou
Vejo da ponte-coração
Seu esqueleto ressequido
Tombado num solo rachado
Um leito de pedras poeirentas
Sem água da vida
Seco, seco, seco

Totalmente sem amor.

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