FOTO: Thiago Lucarini
Quimera
de bocarra aberta
Tocando
sua triste sinfonia
De
criatura abjeta
Moldada
em fina agonia.
Pedaços
alheios, composição etérea
Vagos
sonhos retalhados, sem leito
Neste
corpo de mil cabeças sidéreas
Sem
número exato de travesseiros.
Asas
abertas de anjos e morcegos
Híbrido
de clâmide rasgada
Sofre
sozinha sem nenhum apego
Segue
a vida, a remendada, quimera intemerata.
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