Moscas
cobertas
De
pó de diamante
Não
valem mais
Nem
são menos nojentas
Não
deixam de pôr seus ovos
Nem
param de pousar nos mortos
Sejam
eles de qualquer espécie.
Moscas
cobertas
De
pó de diamante
Continuam
podres
Vivem
de lavagem e restos
Bebem
a luz da decomposição
Comem
dejetos e acepção
Vestidas
em elegantes
Tons
de verde e turquesa
Merda
ou vômito de cachorro
Com
a riqueza que não lhes pertence.
Moscas
cobertas
De
pó de diamante
Continuam
a disseminar
Suas
larvas moles e rançosas
Em
qualquer podridão
Por
mais que se cubram
De
ouro, elegância e nobreza
Jamais
quererão qualquer
Limpeza
moral lhes imposta.
Pois
moscas cobertas
De
pó de diamante
No
fundo são apenas
Moscas
poedeiras
De
fim e desilusão.
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