segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

POESIA - MEMÓRIA PLACEBO - THIAGO LUCARINI



 
I - Placebo

Sóis do teu sorriso
Brilham com a força do universo

Um caridoso e honesto anjo sedutor
A embriagar meus anseios e devaneios

Um homem íntegro, sóbrio e encantador
A carregar-me em seus braços-fortalezas

Aquele que cuida de todas as minhas feridas
Com glacê e amor dedicado, devoto

Aquele ao qual entreguei meu corpo e alma
Numa aliança jurada de compromisso e eternidade

Minha alma gêmea, perfeita e etérea
Juntos seremos lenda e marco histórico de amor

II – Memória real

Não há sóis, só tempestade
A encharcar e nublar a força (Eu) do universo

Um canalha e horrendo demônio mentiroso
A despertar meus piores pesadelos e choros

Um homem quebrado, bêbado e abusador
A bater-me com seus braços-marretas

O causador de todas as minhas feridas
Que me atira no fogo do inferno com desprezo

Aquele ao qual entreguei meu corpo e alma (ingênua)
Numa aliança jurada de compromisso e eternidade (falida)

Minha alma não-gêmea, imperfeita e maldita
Juntos nós seremos outra estática de jornal policial

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