Uma
estrada vicinal
No
meio do nada
No
meio da alma
Mas
próxima o suficiente
Das
coisas urbanas
Não
está vacinada contra
Toda
horda de entulhos
Despejada
em suas bordas.
A
rua de terra batida recebe
Móveis
esburacados, lixo orgânico
Animais
mortos, corpos humanos.
Abriga,
a rua, a tudo de graça
E
não ganha nada, por ser
Pobre,
vagabunda, feita
De
terra, capim sem valor
E
estar no meio do mar
De
nada dos porcalhões.
A
rua nada tem nem mesmo
Flores
em seu jardim marginal.
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