FOTO: Kirsty Mitchell
Não há para ilusões nova tinta.
Adriano Nunes
Ele
pulsava triste
No
terror do limite do inexistir
Para
Ele, o fim, era certo até então.
No
seu mundo grama era lodo
O
arco-íris monocromático.
Tudo
se apagava em escuridão.
Cores,
frutos e pessoas
Morriam
de desespero aguado
Tendo
apenas bálsamo amargo.
Ele,
não queria ser Ele,
Assim,
tão impessoal e sem identidade
Ali
na linha tênue entre vida e morte
Decidiu
reformular seu mundo
Dégradé de terror e
ilusão.
Tirou,
primariamente, o tom fúnebre
Do
sol sempre amanhecido e choroso
Com
ajuda do deus Algamar, depois
Criou
uma variedade de tintas coloridas.
No
seu processo de criar e alegrar
Esqueceu-se
daquele hórrido ofício de morrer.
Ele
achou propósito ao cobrir-se de novos prismas.
Após o seu mundo estar repleto de luz
E cores, Ele deu início a razão e ao amor,
Desde então, ninguém morreu de terror.
Por
Ele, dégradé, hoje, se trata
Apenas
de tons fortes de plena
E
indelével felicidade sem farsas.
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