O
choro da alta noite
Escondido
em muralhas de travesseiros
No
silêncio da madrugada
Em
horas inconfessas e sonolentas
Tendem
ser o resultado de algo maior.
O
sofrer noturno é para aquele
Que
não quer ser incomodado
Suas
lágrimas (o mar de si) são somente suas
E
de mais ninguém. Seu soluçar
De
embargo frenético, de desespero
Não
é para ser ouvido, mas olvidado.
Aquele
que chora sozinho à noite
(o
afogado do breu líquido)
É
o mais corajoso, o mais orgulhoso
O
mais destemido e o mais propenso
A
corda, a ponte e ao veneno.
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