FOTO: Thiago Lucarini
Sou
fruto idiota
Abrindo-me,
Faceiramente
Expondo
meus gomos
Dando
meu sumo
Cheio
de açucares
A
quem não merece
E
só fere minha casca.
Dei-me
voluntariamente
E
usaste-me
Tiraste
o melhor de mim
Deixando
o bagaço
Descartável
Fibra
mastigada
Cuspida.
Devia
ter-me azedado
Ser
vingativo
E
caído verde do pé
Assim
abriria sua fome
E
quem sabe
Tardiamente
aberto
Sua
consciência.
A
fome sempre
Ensina
melhor
Que
a saciedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário