FOTO: Thiago Lucarini
Ignota
terra lodosa e pantaneira
Raízes
fincadas no solo do nada
Árvore
dos mortos sem coordenada
Recordo
solenemente da funesta macieira.
Macieira
de tenras maçãs envenenadas
Tão
belas em seu vermelho brilhante de pecado
Plantadas
num adro que não as redime do fado
De
tirar vidas por asfixia sem auxílio de negras fadas.
Não
se trata de uma macieira de um conto normal
A
tragédia, a beleza da morte sob o prisma original
Alimentam
os falsos vivos com o consolo da sepultura.
Certamente
que aquilo que mata é mais gostoso
Pois
livra o corpo do fardo e embate oneroso
De
viver; seja, com ou sem, maçãs envenenadas.
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