terça-feira, 13 de outubro de 2015

POESIA - AMPULHETA - THIAGO LUCARINI

FOTO: Thiago Lucarini

Areia lentamente caindo
Contando as horas desfeitas
Em grãos de areia quase líquidos.
As horas vão passando
A ampulheta girando, invertendo-se
Por força mecânica.
Poder de fato teria a mão que a guia
Se pudesse definir ou congelar estas horas,
Porém a areia continua a cair
Numa nuvem de anunciação
E aproximação de tempo corrente
Com a fluidez e inextinguível adaptabilidade

De um deserto de horas eternas.

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