segunda-feira, 26 de outubro de 2015

POESIA - CANTO CEGO - THIAGO LUCARINI

O canto é cego
Mas não esbarra nos cantos
Pois preenche com harmonia
O espaço que detém.
Uma vez saído da boca
Ele segue sua trajetória
Sem jamais se perder.
E quando se encerra
Volta a sua origem nascente
Que por tempo de revezamento
Ora é útero ora é sepultura

Deste canto cego esplêndido.

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