FOTO: Thiago Lucarini
Minhas
palavras secaram
Minha
boca murchou
Virou
um rio de pedras
Saliva
não há, é asco em pó.
Nada
mais é proferível
Nesta
boca marcescível
Indiscreta
com dentes
Arrancados,
lavrados
Desta
terra do mal, maldita
De
maldizer mesmo.
É
feito as trevas das palavras
O
tempo da mudez chega
Com
o santo ofício do silêncio.
Sepulto
o dizer em papel
Para
nascer à sabedoria no ser.
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