Medicado
com ópio e lítio
Pílulas
de felicidade fabricada,
O
poeta segura, empunha
A
espada e o bálsamo
Recebendo
a alcunha
Distinta
e instintiva
(de
outrem)
De
nobre vagabundo.
Emblema,
este, inexato
Mancha
no imaculado.
Afinal,
o poeta gira
O
maquinário industrial
Sem
um coração artificial
Mas
sentimental,
Moendo
homens
Carne
rasa de gado
E
deuses castigados em santidade.
Utopia
concreta, eufórica
Sem
freio é diabólica
Repleta
de pecados bêbados de fel.
Coroada
com espinhos
Fica
de joelhos e é crucificada
Assim,
ganha um corpo
Substancial
e santo.
Última
pena de escrever, de dor
Pena
Capital para as artérias
Do
coração poético e utópico
Para
se ter um epitáfio
E
enfim, elevar-se ao céu.
* Poesia que recebeu DESTAQUE ESPECIAL no certame de poesia da Editora Literata.
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