FOTO: Thiago Lucarini
Vida
minha:
“Amada Amélia escrevo-te em nome do meu
amor inconcluso devido ao oceano entre nós, em nome desta vontade de estar com
a graça e beleza da sua pessoa única e muito me aprazível. Reforço que te amo
como um louco-sensato, uma confusa antítese, que agita as paredes tectônicas
deste coração apaixonado e a espera do dia do regresso.
Morro de saudades do teu riso, canto de
mil sóis e do toque celestial do teu corpo primaveril, do qual, meu próprio
corpo é satélite, relembro colérico e inebriado dos ocasos em que líamos seus
poemas preferidos no jardim e que acabavam impreterivelmente em sua cama já à
noitinha onde trocávamos carícias e juras de um amor poético; e por que não
dizer profético, pois creio eu, que sempre estivemos destinados um ao outro.
Somos um estigma de amor, uma marca indelével no tempo dos amantes.
Hoje, a distância imposta pelo destino,
maligna, porém necessária, nos impede de estarmos diariamente juntos, porém
voltarei a tua ternura Amélia, aos seus olhos de estrelas que são a base lógica
de mim, o centro deste eu, um cosmo completo que não se compara a nenhum outro,
o centro gravitacional desta alma que pouco queima, sem sol, sem tua
inestimável presença amada minha. Sou grato escravo deste desenfreado sentimento
sem sigilo ou pudor que infla este peito e todas as fibras e células deste confesso
amante que lhe fala através destas palavras saídas de um sincero e sofrente
coração.
Sabes bem que sou teu, inegavelmente
teu, meu céu, amor meu. Conto os dias, as horas para lhe reencontrar (sorte dos
deuses que a têm), para voltar ao melhor de mim, que é você; eu te amo razão do
meu viver pleno e eterno.
Chego em breve; feche os olhos e num
sussurro dos anjos estarei de volta; por inteiro seu, Amélia, ao teu lado é o
lugar, ao qual, pertenço e de onde não devo jamais sair outra vez.”
Carta em sinal de devoção, promessa,
compromisso e respeitável amor.
Do sempre seu:
Alberto Pennaforte.
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