FOTO: Thiago Lucarini
Seis
da manhã
Eu
olhando uma xícara de café
Sobre
a mesa sonolenta
E
pergunto a ela onde está você.
A
fumaça displicente
Sobe
sem dar resposta
O
aroma somente se preocupa
Em
impregnar o ar sem cheiro
Permanecendo
igualmente silencioso.
O
líquido mudo pouco responde
Não
cede um único vislumbre.
A
xícara branca junto a bebida
Formam
um universo distinto
Sobre
a mesa, meu olhar lhe pertence,
Um
sol pálido de pestanas.
Amada
a espero num vestígio de futuro
Meu
Delfos particular e solitário
Que
com um beijo quente
Não
me revela nada, mas apesar
De
ser oráculo falho
Aquece
minha alma em goles
Por
enquanto, deixo o futuro
A
cargo do próximo minuto.
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