Em
vida só tive poesia
Por
isso quando eu for um morto
Em
vez de terra fofa e fresca
Dai-me
apenas folhas de papel
Certamente
não escreverei nada
Com
minhas novas mãos frias
Mas
soltarei tinta de derradeira instância
Farei
de todo o corpo inerte
Último
carvão a riscar o virginal papel
Dado
em enceramento de um ato.
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