terça-feira, 8 de setembro de 2015

POESIA - VERMES FANTASMAS - THIAGO LUCARINI

Vermes fantasmas
Emergem da carne real.
Flor pútrida exalando horror
Devorando tudo
Numa explosão de vômito
Ácido e fosforescente
Cascata anômala de bile amarga.
Nado, afundo, morro
Num mar gosmento
De vermes parasitários que de tanto
Alimentarem-se de mim
Ganharam carne.

Hoje, sou eu, o fantasma. 

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