FOTO: Thiago Lucarini
Santificado
seja o místico pólen de ouro
Abelhas
e outros insetos levam a continuidade
Das
espécies; são igualmente pais de civilidade
Operam
a flor com patas precisas sem agouro.
Os
insetos tecem e interligam as flores
Numa
rede de bater de asas e jornadas
A
vida cresce do pequeno levada em jangadas
Pelos
minúsculos que depositam nas pétalas seus amores.
A
flor fecundada frutifica e alimenta a selva
Graças
ao ato da singularidade da relva.
Será
que eles têm orgulho do trabalho?
Pois
são consortes, parteiros, amantes
Mão
da criação. São efêmeros, mas não abdicantes
Do
dever dado feito no seio de poucas horas.