Você seguiu pelo caminho de pedras.
Fiquei daqui olhando teu avanço descuidado.
Ao meu lado, vi a árvore da minha espera
Perder suas folhas, ficar nua, tremer de frio
Ante a solidão do nosso ninho desfeito.
Por mais distante que fosses, eu ainda a via,
Mas não sei como. Talvez, a árvore me emprestasse
Sem eu saber seus olhos altivos e vigilantes,
Talvez, ela tivesse mais esperança do que eu,
Pois desde que partiu, boa parte do jardim murchou.
Restam algumas flores desbotadas e feias,
Muitos arbustos espinhentos sem frutos.
E toda tormenta que se abate sobre nós
É mais doída, mais fria e bem mais difícil de passar.
Sigo debaixo da nossa árvore, sob a sombra,
Juntos esperamos que volte a fincar raízes aqui.
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