terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

POESIA - TÚMULO NOVO - THIAGO LUCARINI



Das luas que morrem
Restam apenas fases perdidas,

Rastros vagos na noite esquecida
Para reencontrar o ponto de partida.

O céu é túmulo novo a cada dia
Sobe a lua da sepultura para cair em agonia.

Brilha, crescente, plena, minguante
Retornando a escuridão de antes.

A luz não dura mais que as trevas
E vice-versa, doeu até a lua aprender tal peça.

Das luas que morrem
Restam apenas fases perdidas,

Carretéis de linhas deixadas, mapas,
Trilhos sem flores para a lua no céu,

E no descaso que passa despercebido
A imortalidade repetitiva concebida.

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