Das luas que morrem
Restam apenas fases perdidas,
Rastros vagos na noite esquecida
Para reencontrar o ponto de partida.
O céu é túmulo novo a cada dia
Sobe a lua da sepultura para cair em agonia.
Brilha, crescente, plena, minguante
Retornando a escuridão de antes.
A luz não dura mais que as trevas
E vice-versa, doeu até a lua aprender tal peça.
Das luas que morrem
Restam apenas fases perdidas,
Carretéis de linhas deixadas, mapas,
Trilhos sem flores para a lua no céu,
E no descaso que passa despercebido
A imortalidade repetitiva concebida.
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