Conchas com chá
Quis o mar se curar
Da ressaca das espumas
Brancas e bêbadas de amor.
Ontem ele banhou amantes sob o luar,
Bebeu desesperadamente daquele amor, foi tanto
Que a cabeça doeu.
Quase que o mar em si se afagou,
Pois quis ter tão igual amor,
Mas tão logo se livrou de tal venenoso pensar.
Recolheu suas ondas, maré baixou,
No silêncio dos abismos dormiu.
Do alto a lua em pesar, pois em alvo silêncio
Gritava: “Sou toda tua distante mar.”
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