terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

POESIA - AUTOFLAGELO - THIAGO LUCARINI



Bate o poeta abissal
Teu açoite agudo e febril
Em forma de palavras

Nas próprias costas.
Gosta de ver a carne viva,
O pulsar da dor representativa da vida,

De ver o sangue criativo descer,
E misturar-se aos calafrios da verve.
Punitivo, permissivo, crítico, sem cura.

Rasga o poeta, teu corpo, o papel,
Beija débil o espinho e o ferrão.
Tudo para manter a rosa ilesa.

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