Eu sempre soube
Do lado ruim, das trevas,
Das eras que me negou.
A ilusão é uma escolha doce,
A verdade é relativa,
Só a mentira é certa.
Não romantizo o sofrer,
Pois não há glória em padecer.
A dor pode até ser poética,
Mas não é sagrada, não em mim.
Verei os sinos caírem da capela
Em último estrondoso ofício,
Desde que, não seja meu frágil
E insustentável coração a cair do alto.
Não sou mártir para ser santificado,
Prefiro estar com o coração dentro do peito,
A pisar e ferir-me sobre seus cacos
Espalhados pelo chão de anjos sacrificados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário