segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

POESIA - O CHORO DO PALHAÇO - THIAGO LUCARINI

O palhaço que chora
Bebeu das amargas tristezas.

Deixou vazar dos interstícios da alma
O plasma baixo das lágrimas pálidas.

A maquiagem exagerada lavada
Pela chuva alta revela sem pudor

O nu.

Depois de fechado o circo
E lamber as feridas figuradas

O palhaço que chora
Mostra-se apenas mais um ser comum

Nu

Entregue a despida arte humana mais pura.
E neste caso, o nariz vermelho, não pode ser tirado,

Pois está nu
O homem da ilusão.

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