Serei o espinho da rosa,
Pois se irei te machucar
Quero primeiro oferecer-te
A maciez e o perfume, a ilusão.
Para só então roubar
Uma gota do teu rubro sangue
E tingir a mim e as pétalas brancas
Deste céu rosáceo e sacro logo acima,
Assim, firmarei nosso laço de amor.
Perdoe-me pela pungente dor do meu beijo
Tento verdadeiramente ser gentil,
Porém minha função é ferir
Mesmo que isso me doa
Tanto quanto a ferida aberta em ti.
Somente furando tua delicada pele
É que posso ver sua alma forte.
Sou o esteio, o varão, a guia,
A esperança de futuro dos botões.
Sou a cerca imposta ao natural
E um lembrete da falha estética.
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