Tenho
nojo de mim
Aversão
deste pensamento
Desta
massa disforme
Reflexo
desses olhos trincados
Dessa
coisa quebrada que sou.
Sou
o vômito, o escarro,
O
sangue coagulado,
Os
vermes ácidos da podridão.
Sempre
estive muito mais perto
Da
decomposição do que do florescer.
Sou
a escória, o pária
Uma
alma sebosa, suja
Cheia
de ranço e corrupção
Envenenado
pelo pecado.
Sem
liberdade sem banho
Causo
asco e repúdio.
Nojento,
nada lúdico
Pereço
na crueza da vida.
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