segunda-feira, 21 de março de 2016

POESIA - BOLA DE PAPEL - THIAGO LUCARINI

Fizeste do meu coração
Uma bola de papel inorgânica
Usando-o para rascunho
Dos seus frígidos sentimentos
E borrando as palavras mágicas
Surradas, escritas e não ditas
Das paredes e colunas de sustentação.
Este pobre coração amassado,
Disforme e ferido esvaí-se
De toda a sua compostura
De até então, uma vez maltratado
Um coração de papel é difícil
De apagar as rugas e cicatrizes

Deixadas por um pseudo-amor.

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