O corvo crocita
Pôr
do sol
As
sombras invadem
O
fim do dia
Faz
frio.
No
meio do milharal
O
espantalho desperta
Ao
longe um corvo crocita
Seu
arauto de mau agouro.
Silencioso,
o espalhado,
Desce
do seu pedestal
De
cruz sem redenção
Um
corpo vazio possuído.
O corvo crocita
Mas
ninguém da atenção.
No
final do outono
Os
grãos estão maduros
Os
frutos estão no ponto
O
espantalho renovado
Segue
para última messe
O corvo crocita.
O
espantalho vai pela noite escura
Colher
seus frutos humanos
Obter
sua vermelha restituição.
O corvo crocita.
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