O amor virou-me a face.
Ignorou-me. Deixou-me só,
Tão só. Somente. Eu.
Não me encaixo
No quadrado,
No retângulo,
No círculo,
No triângulo,
No escudo e lança de Ares,
Ou no espelho de Afrodite.
Qual tamanho mal
Fiz eu ao mundo?
O amor é um puto
Que dificilmente
Se vende a mim.
Subo montanhas e salto
Desta altura medíocre, mundana,
Para cair tão longe, tão longe,
Do afetado normal social,
Mas sempre acabo
No meio do buraco
Para o qual me apontaram.
Porém resisto e brilho.
Brilho em manifestação.
Brilho, em virtude, da recusa
De derramar qualquer lágrima.
Brilho na noite mais escura, a qual,
Tão bem construíram para mim.
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