A vida tem dessas coisas inexplicáveis.
Traz em suas asas sóis de boas coisas,
Ás vezes traz também obscuridade,
Coisas tão inexplicáveis, quanto às boas.
Não sei se nos cabe discutir, argumentar,
Procurar o real mérito divino para tanto,
Porém vem o tremor, a dor, a fragilidade,
O vacilar dos pés e a falha nos passos dados.
No espelho, a lágrima desce fria,
O reflexo permanece imóvel e murcho
Encurvado pelos acontecimentos de medo.
A vida é o vento que acaricia as pétalas da rosa,
É o corvo negro que bica, estica e parte a minhoca.
A mesma minhoca que ajudou a nutrir o solo da rosa,
E o mesmo vento que despetalará a velha rosa.
A vida tem dessas coisas inexplicáveis.
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