Viciei em mim
Devido à concreta solidão.
Aprendi a me tolerar, suportar,
A me amar acima de todos os outros.
Tive que aprender a lidar
Com minhas vontades e fraquezas.
A me tocar com a poesia molhada
E com as mãos secas de tensão.
No fim, viciei-me em mim, no toque,
No gosto, conheço-me absolutamente.
Sei dos meus vícios substanciais,
Dos meus prazeres ideais e afetos,
Dos meus dejetos poéticos que vou
Deixando para adubar o caminho à espera do gozo.
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