sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

POESIA - BRUMAS REBOLANTES - THIAGO LUCARINI

Das brumas rebolantes
Da absoluta meia-noite,

Saiu ela, feiticeira aquilina,
Para enfeitiçar meu tolo coração.

A lua idílica brilhava no alto
Cúmplice do envolvente ato.

A bruxa insidiosa veio até mim,
Roubou-me um beijo sôfrego,

Uma promessa das artes desconhecidas
Do ardente amor das horas místicas,

Deixando-me num delicioso riste.
Naquele instante feérico, entreguei

Minha alma e minha calça apertada.
Ela riu extasiada e sedenta pelo pacto

Acordado sem qualquer palavra.
Fomos embora, juntos na noite escura.

Fomos iluminar com faíscas de magia
Nosso desejo mútuo de carne e prazer.

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