quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

POESIA - MATEMÁTICA MORTE - THIAGO LUCARINI



Simplificar um homem
É uma arte matemática

Que só a morte pode executar.
Na morte todo homem perde

Seus adicionais e multiplicadores.
O corpo frio não carrega nada em si,

Além do frio imperturbável do fim.
Morto, chega o homem puro ao pó,

A sua unidade original indivisível.
Sem vida, sua catalisadora potencial

Todo homem torna-se equivalente
Para a subtração derradeira da carne.

E come a operacional morte toda a carne saborosa
Sem deixar resto algum para determinante prova.

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