A roseira vendo o inverno chegar
Sobre os teus botões tremeu de medo.
Sabia ela que eles logo adoeceriam
Devido ao frio abundante e nocivo
A toda forma de delicadeza e beleza,
Que não fosse feita do original glacial.
Durante o dia percebeu que um dos teus
Rebentos fraquejava, vacilava e escurecia.
Preocupada, a roseira esperou a noite gélida
Banhada pela luz da lua, e quando, o botão
Ferido pelo frio estava prestes a dar seu último
suspiro,
A roseira o fundiu a outro dos teus filhos absolutos,
E fez da soma de dois botões, nascer uma nova rosa
De cores tão distintas, que abalou todo o inverno duro.
Aquela destemida roseira o inverno nunca mais tocou.
Dizem que a rosa feita daquele sacrifício nunca
murchou,
Que continuou impecável, mesmo depois que sua mãe
morreu,
Tornando-se um símbolo perpétuo da resistência em
tempos difíceis.
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