O
céu se parte ao meio
Despejando
desgraças sólidas
Estende-se
o véu de corrupção
Sobre
a minha coroa embaçada
Caem
os haustos e halos de pureza
A
mancha verte sobre todo o corpo
As
labaredas inchadas lambem a cultura
Dentro
de mim destruindo quem sou,
Tirando
de sobre o fardo acumulado
Toda
a substancialidade adquirida em vida.
Anjos
e demônios travam o último embate
Atrás
dos meus olhos plúmbeos de chuva.
Não
há trigo nos campos nem amor no coração,
Porém há fome em todos os estágios e sentidos
O
humano, um homem, eu inominável,
Padeço
nesta batalha sem ganhos ou louros.
Só
os cacos caem do firmamento cortando a carne
O
sangue flui de mim formando rios sujos de desolação.
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